Daniela Dantas
Patriarcado
ou matriarcado? O filme Eu não sou um
homem fácil trata exclusivamente do outro lado da moeda. Na sociedade
atual, e não só nela, as mulheres passam por inúmeras perseguições
e restrições pelo simples fato de serem mulheres. O homem foi condicionado pela
própria sociedade a ser, ou pelo menos, se sentir superior a mulher. O filme, dirigido por Éléonore Pourriat, retrata essa problemática de uma maneira em que um
homem, por meio de um pequeno acidente bate a cabeça e quando acorda está vivendo
em uma sociedade onde a mulher passa a ser o ser cheio de superioridade. Ainda
assim ele não se conforma e tenta impor sua masculinidade, frustrando-se,
pois ele passa a ser oprimido pelo matriarcado assim como na realidade as
mulheres são oprimidas pelo patriarcado. Depilação, corpo perfeito, formas de
vestimentas, maneiras de comportamento, como andar, falar, comer. O homem sofre
por todas essas imposições, enquanto as mulheres assumem a posição de serem aquelas que impõem como a vida deve ser.
Acredito
que o maior objetivo do filme é combater o machismo e mostrar que tudo quando
generalizado torna-se um grande problema. Não existe alguém maior ou melhor na sociedade, não existe um sexo superior ao outro, o que deve existir são pessoas
iguais socialmente. Tudo generalizado é altamente tóxico. Aquilo que é
equilibrado estabelece o equilíbrio na sociedade. O combate ao machismo não é um
capricho inventado por mulheres, o combate ao machismo é o combate a uma
sociedade patriarcal que vem desde sempre querendo limitar as mulheres, por serem
mulheres. O filme tenta de uma forma um tanto cômica quebrar esses paradigmas
patriarcais que fazem a sociedade retroceder dia após dia.
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